Conduzir em Paris

É uma verdadeira aventura.

Começei pelo facto de se estar num sítio que não se conhece de todo, não dispondo de sistema de navegação (o comum GPS). Nesse aspecto, o co-piloto foi dando a sua ajuda, mas mesmo assim ainda nos perdemos umas vezes.

Depois foi o facto de apanharmos imenso trânsito; ao fim de algum tempo fartei-me do carro e
meti-me no Metro, o que obviamente já devia ter feito mais cedo...

Por último, o facto de o tão luso "chico-espertismo" não ser assim tão luso. Digo com toda a convicção e a quem queira ouvir: "conduz-se pior em Paris que em Lisboa!!!" Ele é carros a ultrapassar pela direita, a porem-se à frente à papo-seco, sei lá...
O cúmulo foi quando à 1 da manhã decidi passar pelo Arco do Triunfo. Para começar, o reparo que aqui em França nas rotundas tem prioridade quem entra, e não quem está dentro, excepto quando indicado em contrário (o que acontece com imensa frequência). Ora, no arco do triunfo não há placas de perda de prioridade, o que implica que toda a gente entra na imensa rotunda (com umas 10 vias...) com toda a força, mas pára assim que chega à entrada seguinte. Depois param todos, à espera de arranjarem uns centímetros, e vão-se metento à moda do "chega para lá que aqui vou eu!" Neste momento assiste-se a uma espécie de emaranhado de carros que passam pela esquerda, pela direita, páram de repente porque têm um atravessado à frente, sei lá... A mim lembrou-me o "Destruction Derby" (nome familiar a quem conhece um pouquinho de jogos de computador) Para mim, que não me considero facilmente intimidável, foi uma experiência petrificante... Foi um daqueles momentos em que até encolhemos os braços, como se ajudasse a diminuir o volume do carro que conduzimos.

Da próxima vez que um franciú me disser que em Portugal se conduz mal aperto-lhe o gasganete...