sexta-feira, dezembro 26, 2003

Voltar a casa

Sinto-me estranho!
Por um lado, parece que tudo está exactamente igual, que ao fim e ao cabo este Erasmus não passou de um sonho numa noite, e que acabei de acordar, e tudo está igualzinho...
Por outro lado, sinto-me diferente, encaro as coisas de maneira diferente, parece que tudo está diferente... (talvez pelo menos na minha mente)

(Este foi um comentário que fiz a um Post do Miguel, mas não resisti a publicá-lo aqui também)

segunda-feira, dezembro 22, 2003

Casa

Após um longo e cansativo dia de viagem cheguei finalmente a casa.
Vi finalmente os meus pais, em cima de quem não punha a vista há já mais de 4 meses. Soube bem...
Agora tenho de matar saudades do resto da malta... e da minha linda cidade natal...

sábado, dezembro 20, 2003

Férias

Embora as férias de Natal já tenham começado na Quinta Feira, o programa cultural destes últimos dias em Maastricht avisinha-se bastante cheio. Por isso peço desculpa pela previsivel irregularidade na manutenção deste blogue.

terça-feira, dezembro 16, 2003

Bom senso...

Li recentemente (já não me lembro quando nem onde) que houve eleições na Associação Académica de Coimbra, e que foi eleito um novo presidente. Este disse que iria retomar as conversações com a ministra do Ensino Superior, e que iria pôr à consideração da Assembleia Magna quais as formas de protesto a serem tomadas.
Rapaz sensato, diria eu...

segunda-feira, dezembro 15, 2003

Memórias...

Fez um ano no sábado que tirei a carta de condução.
É verdade, mas parece que foi ainda ontem. Infelizmente não tenho tido a oportunidade de conduzir, o que eu gosto muito de fazer, mas também não me queixo...

domingo, dezembro 14, 2003

Clima...

Até há muito pouco tempo, quando me perguntavam como é que andava o tempo por aqui, eu respondia que até nem estava frio. E é verdade! Embora estivesse relativamente mais frio que em Portugal, exceptuando uma semana no fim de Outubro, nunca esteve frio a sério.
Além disso, raros foram os dias em que apanhámos chuva, o que fez com que até agora o clima destes lado até nem me tenha desagradado muito.
Se me perguntarem esta semana de novo, embora não me queixe imenso do clima, respondo que está um frio desgraçado. Por outro lado, já tem chovido um bocadito.
Pode ser que neve, com sorte...

Era a última aula de Personnel Economics, e estava mesmo no fim. O tutor perguntou: "Any more questions?" à qual o Daniel, que estava ao meu lado replicou: "I have one request, if it is OK. I'd like to take a picture with all of you."
Ficou toda a gente com cara de parvo, e alguns até disseram que nunca tinham tirado uma fotografia na aula. Bem, para falar verdade, se me acontecesse isto em Lisboa, se calhar eu também ficava com cara de parvo a olhar para o gajo. Ainda assim, aqui, pareceu-me a coisa mais lógica do mundo. Tivemos uma turma muito boa, ficámos todos a conhecer-nos bem, e dávamo-nos todos lindamente. Por isso, porque não ficar com uma foto da turma?
Em baixo fica a foto, para mais tarde recordar... E a descrição das pessoas.



Da esquerda para a direita: Daniel (Portugal), Vanessa (Perú), Nina (Noruega), Koen (Holanda), Romain (França), Ben (tutor - Holanda), Paul (Holanda), Ivan-Yo (Noruega), Matthias (Alemanha), Eu (Portugal, claro), Tobias (Alemanha), Ad (Holanda).

sábado, dezembro 13, 2003

UAU!

Consegui finalmente, ao fim de algumas tentativas, arranjar maneira de conseguir pôr fotografias no meu blogue.
Para começar, aqui fica uma paisagem fantástica, a da minha janela, em Kandersteg. Deliciem-se!

Cliché...

Vamos todos no mesmo sentido de união e solidariedade brindar a um Portugal melhor; a um Portugal....

..... Benfiquista!!!!!!

Finalmente...

Finalmente acabaram as aulas!
O 2º bloco chegou finalmente (quase) ao fim. Agora faltam só (só????) os exames das duas cadeiras que estou a fazer, e que são na 4ª e 5ª. Depois são as férias merecidas.
Há que dar o litro estes últimos dias, para depois ir para casa com a consciência limpa, e e o sentimento de que este Erasmus também foi produtivo no aspecto académico. Claro que em tantos outros aspectos, e principalmente nesses, foi uma experiência muito enriquecedora, mas se já agora conseguir uns créditos, e boas notas, não se perde nada.
Serão essencialmente esses outros aspectos que guardarei na memória; as pessoas que conheci, esta nova e diferente cultura com que convivi, os novos amigos portugueses com quem passei estes tempos, este imenso tempo que passei longe de casa e daqueles de quem gosto... Todas estas experiências me acabarão por marcar de alguma forma.

sexta-feira, dezembro 12, 2003

Então povo?

Eu sei que o meu post de ontem (nameless........) era altamente idiota, mas acho que não era razão para tanto desprezo! Ainda ninguém respondeu!!!

Reflexões

Não sei se é caso único dos portugueses, mas sei que pelo menos nos portugueses não é raro observá-lo...
Passo a explicar:
Tenho passado por aqui tempos fantásticos junto dos meus amigos. Embora até possa parecer estranho, até nem tenho sentido grandes saudades de casa (bem, há aquelas saudades que ficam sempre, mas nada de deprimente.....)!
Curiosamente, à medida que se aproxima a altura de voltar para casa, começo a pensar no que vou fazer quando chegar de novo a Portugal, nas pessoas que há já tanto tempo não vejo, nos lugares que quero visitar, .... e fico com saudades....
No entanto há ainda outro sentimento que, por enquanto, é mais forte nos meus amigos, que é o de que o Erasmus está a acabar. (eu ainda volto em Janeiro, mas eles já não)
E é engraçado que começam a fazer nos seus blogues Posts altamente deprimentes, com aquele sentimento de nostalgia antecipada, de quem vai sentir imensas saudades de aqui estar, e que gostaria de cá ficar mais uns tempos. Mas o pior é que, acho eu, quanto mais pensamos nestas coisas, mais antecipamos estes sentimentos desagradáveis, no entanto, não conseguimos pôr estes pensamentos de lado. (era a isto que me referia no início)
Depois, o sentimento contagia-se, e ficamos todos com cara de caso (estou eu a prever). Por isso, a partir de hoje não vou falar mais em saudades, nem em fins de Erasmus, nem em nada disso. Vou preocupar-me em estudar para os 2 exames que me esperam, vou tentar divertir-me ao máximo com os meus amigos, e quando chegar a hora de voltar a Leiria, cá estarei.

quinta-feira, dezembro 11, 2003

nameless... stupidless... meaningless...

patati patata patati patati patata (less)
Hoje acaba tudo em "less"; se calhar é um Post de classe LESS!!!

Este Post não tem mesmo jeito nenhum pois não???
E o leitor pensa: "Porque raio é que me dei ao trabalho de abrir o blogue deste caramelo hoje? Apetece-me dar-lhe uma sova! Espetar-lhe um soco no meio dos olhos e partir-lhe o focinho!"
Também eu me pergunto: "porque raio é que há gente que se dá ao trabalho de abrir o meu blogue? (o que não implica que o leia realmente....)"
Já agora gostava de saber, por isso, toca a responder nos Comments...
Quanto ao soco, vai ter de ficar para outra altura!

Já convenci mais um...

Não sei sequer se fui eu que o convenci a juntar-se ao clube (se é que eu me posso considerar do clube, dada a minha fraca performance recente), mas o que é certo, é que é mais um "viciado".
Muito recentemente o Zé Henrique juntou-se à Blogosfera, e irá partilhar conosco (comigo pelo menos) as suas vivências por terras de Roma.
Benvindo, e boa escrita, são os votos deste teu amigo!

Já agora, tomo a liberdade de transcrever o teu último Post, salvaguardando os respectivos direitos de autor:

T-011
Não sei quem é autor dete texto... a única referência que tenho é esta: naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt
Veio parar à minha caixa de correio e achei-lhe graça...

Em Novembro de 2037, Portugal passou a chamar-se T-011. Essa mudança veio de uma directiva comunitária que impôs a cada país da União Territorial (o novo nome da Europa) a designação pela letra T seguida do número de ordem na adesão à comunidade. Este é, simplesmente, o resultado mais recente do processo de «neutralidade ideológica» em que a antiga Europa está empenhada há décadas. Tudo começou em 2003 com os debates à volta dos símbolos religiosos em lugares públicos. Na ex-França (actual T-002) protestava-se contra os véus das alunas muçulmanas nas escolas, enquanto em T-005 se discutiam os crucifixos nas salas de aula e por toda a União alguns rejeitavam a referência ao cristianismo na Constituição Europeia. Todos estes casos foram resolvidos pela segunda adenda a este documento, que em 2006 decretou que o Estado deveria manter sempre a mais estrita tolerância e neutralidade em questões ideológicas, para não ofender a sensibilidade de qualquer minoria. Mesmo na unanimidade e consenso, jamais as autoridades poderiam cair na tentação de ceder para evitar problemas futuros.

As questões multiplicaram-se. Logo a seguir foram denunciados os feriados sectários, como o Natal. As festas religiosas nacionais eram um insulto a todos os cidadãos não-cristãos. Os feriados desapareceram com mesma directiva que obrigava a cobrir com tapumes os templos e sedes de partidos para não ofender a sensibilidade dos transeuntes. Também os nomes dos meses do ano, que nas línguas europeias vêm da mitologia, tiveram de ser mudados. As sugestões dos calendários da Revolução Francesa e positivista de Comte foram rejeitadas por igualmente facciosas. O único consenso foi passar a usar letras nos meses. Mas na numeração dos anos manteve-se a situação, para facilitar contactos com outras zonas. Só que se chamou «era estela» e não «era cristã», porque o acontecimento marcante passou a ser um facto cósmico: a «estrela dos reis magos». Deve dizer-se que este atitude era estritamente europeia, pois as outras zonas do mundo, sobretudo EUA, Índia, China e Islão, estavam em afirmação crescente das suas culturas. Eram aliás as minorias vindas dessas regiões que levantavam os problemas e iam exigindo o crescente recuo da cultural europeia para a neutralidade. Depois a questão ultrapassou o âmbito religioso. Em 21-H-2024 as disciplinas de História, Filosofia e Línguas foram retiradas dos programas escolares oficiais, pelas mesmas razões que 15 anos antes tinham tirado as cadeiras de Religião: era impossível arranjar matérias que respeitassem a neutralidade do Estado. Além disso, a lei deixou de regulamentar casamentos ou divórcios de qualquer espécie, por serem opções íntimas de cada um. As ruas são lugares públicos e de repente descobriu-se muita gente afectada pelos seus nomes. Por toda a Europa houve esforços para apear monumentos ou alterar os nomes de ruas em honra de pessoas que só agradavam a minorias. E havia minorias ofendidas por todas as ruas e estátuas. As controversas personalidades históricas, sobretudo políticos e militares, não podem ser honradas pelo Estado neutro. A única solução foi usar números nas ruas. Agora tiraram-se os nomes aos países, que lembravam velhos impérios. Há já quem sugira que se substituam os nomes das pessoas, que podem ser ofensivos para alguns, pelo número do Bilhete de Identidade.

sábado, dezembro 06, 2003

Absoluto e relativo

Há algum tempo atrás falávamos de cinema, e eu criticava um filme que tinhamos visto no dia anterior (Blade Runner). É um filme que já tem quase 20 anos, e que não me diz nada. A mensagem, se é que há uma, é muito simples, e o filme não me divertiu; a imagem então, essa é o que eu qualifico de "manhosa". No entanto admito que a minha opinião se baseia nos filmes que tenho visto, e admito também que se tivesse visto o filme quando foi lançado, talvez tivesse gostado, não sei. Não quero com isto dizer que desde que saíu o Matrix ou os filmes do género só me agradam os que obedecem à moda; antes pelo contrário. Há muitos filmes mais antigos que me agradam imenso, e não sou fanático dos efeitos especiais, mas este pura e simplesmente não me disse nada. Digo que a minha avaliação do filme é relativa, uma vez que a faço baseada na experiência que tenho, e que por isso não gostei do filme.
Nesse ponto discordo do Luís: segundo ele, um filme ou é bom ou não, ou seja, a avaliação que fazemos dele (ou de outra coisa) pode ser feita em absoluto, e não numa escala relativa.
Mas será que conseguimos realmente fazer isso? Não serão as qualidades, as virtudes, (os filmes), os valores e tantas outras coisas, antes de tudo RELATIVAS?
Não serão relativos na medida em que resultam de uma sociedade que passou por um determinado processo de evolução, mas que obteve resultados diferentes de outras civilizações, outras culturas...
Quem sabe não acontecerá no futuro que tantas práticas que hoje consideramos como justas ou equitativas serão daqui a uns anos consideradas sub-humanas?